“A felicidade é como a pluma,
que o vento vai levando pelo ar.
Voa tão leve…
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem”
Vinicius de Moraes e Tom Jobim
Falar de felicidade me traz a nítida imagem das pessoas correndo atrás do que querem, do que desejam, do que esperam da vida quando buscam a felicidade…
Ah! Quando eu comprar meu carro serei feliz.
Quando me casar serei feliz.
Quando for promovido estarei feliz.
Quando…
Quando…
Quando…
A felicidade, desta forma, torna-se o fim.
Fim da busca, fim da procura, fim do aprender e do ser.
E desde quando o fim é retrato da felicidade?
Quando eu for…
Quando eu tiver…
Quando eu chegar…
E hoje? E no processo? No caminho?
Uma flor, um filme com os amigos, uma tarde com brigadeiro de panela, o almoço na casa da avó, um livro, respirar lenta, profunda e prazerosamente, conversa jogada fora, rir, chorar, se emocionar, aprender com os outros, um beijo demorado, um abraço apertado, conhecer lugares, pessoas, se conhecer, reconhecer o brilho nos olhos, criar, contemplar, cuidar e ser cuidada…
Assim, a felicidade não é algo a ser alcançado mas se traduz no processo de aprender o reconhecimento e a sutileza de perceber que a felicidade está esperando ser sentida.